Em Lyon, França, a marca francesa tem laboratórios dedicados em exclusivo à produção e à análise de derme humana. Todos os anos são produzidas mais de 100 mil amostras de pele com 0,5 centímetros quadrados e 1 milímetro de espessura. 

De acordo com a Bloomberg, metade das amostras criadas pela L’Oréal são usadas pelo seu próprio centro de pesquisa enquanto que a outra metade é vendida a farmacêuticas e empresas de cosméticos. 

Com esse procedimento, as amostras de pele são desenvolvidas a partir de tecidos doados por pacientes que se submeteram a cirurgias plásticas, sendo cortados em pequenos pedaços e reduzidos a células. 

Agora, formando parceria com a norte-americana Organovo, a L'Oréal pretende acelerar e automatizar a produção de derme nos próximos cinco anos recorrendo à impressão em 3D. A marca de cosméticos contribuirá com o conhecimento e todo o financiamento inicial e a startup oferecerá a tecnologia necessária. 

"Nós somos a primeira empresa de beleza com a qual a Organovo já trabalhou", declarou Guive Balooch, um dos responsáveis da divisão de pesquisa e desenvolvimento da L'Oreal, à agência de notícias. A startup já colaborou com empresas como a Merck na impressão de tecidos do fígado e de rins. “Esta parceria é um grande passo para a expansão das aplicações de tecnologia de bioimpressão 3D da Organovo”, afirmou Keith Murphy, diretor da startup, em comunicado. 

A marca francesa terá exclusividade de direitos da pele impressa em 3D para usos relacionados com os produtos de cuidados para a pele que não necessitam de prescrição médica. Já a Organovo terá todos os direitos dos modelos dos tecidos, podendo usá-los em vários testes tais como verificação de toxicidade, por exemplo. 

A L’Oréal tem cerca de 3.800 cientistas em 50 países a trabalhar em diferentes inovações e a tecnologia também faz parte do roteiro da empresa. Recentemente, a marca francesa lançou uma app, intitulada de Makeup Genius, que tira partido da tecnologia para permitir "experimentar" virtualmente novos truques de maquilhagem, usando o reconhecimento facial em diferentes ângulos. 

SapoTek, (19/05/2015)