Estudo publicado na revista Current Biology por uma equipe de pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Erasmus, na Holanda, em conjunto com cientistas da Unilever, descreve como as variações no gene MC1R – conhecido por estar associado aos cabelos ruivos e à pele clara – fazem com que algumas pessoas pareçam ter até dois anos a mais do que outras da mesma idade. Os cientistas ressaltam que a descoberta é um passo importante para o estudo das origens genéticas do envelhecimento.

Para saber mais sobre a combinação de fatores genéticos e ambientais que influenciam a aparência de um indivíduo, os cientistas pediram a um grupo de cerca de 30 voluntários que dissessem qual a idade de quase 3.000 pessoas que forneceram suas fotos e DNA para um banco de dados. Depois de analisar as respostas e de compará-las ao DNA das pessoas que haviam sido fotografadas, os pesquisadores notaram variações no gene MC1R.

Tais variações fazem com que algumas pessoas pareçam até dois anos mais velhas do que outras, que não apresentam alterações no gene. Os pesquisadores não consideraram fatores como exposição ao sol, sexo e quantidade de rugas e repetiram os testes com outros dois grandes bancos de dados europeus, confirmando os resultados.

De acordo com o estudo, o gene MC1R também está relacionado a processos biológicos como reparo de danos ao DNA e inflamações. Os resultados ainda precisam ser confirmados por outras pesquisas e metodologias. Os pesquisadores, contudo, acreditam que esse é um passo importante para entender o processo de envelhecimento e desenvolver meios de retardá-lo.

Cosmetics Online, (03/05/2016)