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Algas apresentam potencial antiviral e antioxidante, mostra estudo

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Fora dos oceanos, as algas estão por aí nas situações cotidianas: em volta do sushi, anunciadas por seus benefícios cosméticos em alguma embalagem na farmácia ou mesmo trazidas pelo mar para a areia da praia. Mas a aplicação delas pode ir muito além. Estudo do Instituto de Biociências (IB) da USP constatou que algumas algas apresentam potencial para tratar doenças causadas por vírus, como o HIV, e também na conservação de alimentos e cosméticos.

Em sua dissertação de mestrado, a bióloga Ana Maria Pereira Amorim analisou o potencial bioativo de quatro espécies de algas pardas e de uma espécie de alga verde (Codium isthmocladum), abundantes na costa do Espírito Santo. O objetivo foi aprofundar o conhecimento que se tem sobre esses organismos.

Os resultados quanto à aplicação de algumas dessas espécies no combate de doenças virais e como conservantes para alimentos e cosméticos foram considerados promissores pela pesquisadora. Ana Maria ressalta que se trata de de um estudo de prospecção, que pode servir de base para pesquisas futuras: “Seria necessário aplicar estudos mais aprofundados para colocar esses potenciais em prática, seja como medicamentos, tratamentos terapêuticos ou conservantes naturais”, pondera.

Potencial bioativo

O potencial bioativo está ligado às atividades biológicas, processos em que o organismo reage a determinados compostos químicos. No caso do estudo, foram medidos os potenciais antioxidante, antiviral, antibacteriano e citotóxico dos extratos.

Para medir o potencial antioxidante foram realizados ensaios in vitro com cada uma das algas. Eram medidas a propriedade de “inativar” a ação de metais que catalisam reações de oxidação, conhecida como capacidade quelante de metal, e a capacidade de transferência de hidrogênio e elétrons, todos processos ligados à oxidação.

A alga parda Padina gymnospora apresentou os melhores resultados antioxidantes. Ana Maria explica que isso pode estar relacionado a essa ser a espécie que apresentou maior concentração de substâncias fenólicas: “Já existe na literatura relação entre os florotaninos [substância fenólica exclusiva das algas pardas] e uma maior atividade antioxidante”.

Quanto ao potencial antiviral, foi utilizado um teste de inibição da transcriptase reversa, uma enzima necessária para a replicação do vírus HIV, com resultados positivos para as algas Sargassum cymosum e Codium isthmocladum. Além disso, o teste de citotoxicidade também foi promissor: foram utilizadas linhagens de células tumorais, sugerindo uma possível aplicação contra o câncer.

Entretanto, o teste antiviral, no qual se testou a capacidade dos extratos de inibir o crescimento de três espécies de bactérias, não apresentou atividade interessante.

Fonte e Imagem: Jornal da USP, (30/05/2019)

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