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A cosmética na era das "ciências ômicas"

Categoria: Novas Tecnologias


A família de "ciências ômicas" vem crescendo e ganhando espaço tanto em pesquisas médicas como nos departamentos de P&D de fabricantes de produtos cosméticos. A cosmetologia recorre às ciências ômicas para compreender os mecanismos celulares da pele e identificar "alvos" nos quais agir, orientando assim o desenvolvimento de novos produtos.

"Essas tecnologias abrem as portas a diversos componentes da matéria viva", declarou Dominique Bernard, responsável pela Plataforma Omics na L’Oréal Pesquisa e Inovação, numa entrevista à Agence France Presse. "Elas permitem investigar desde o DNA até o metabólito, ou seja, a minúscula molécula produzida pela atividade da célula".

Houve uma explosão do emprego de ciências ômicas com o desenvolvimento de técnicas aprimoradas de análise, a exemplo dos chips de DNA. Essas ferramentas usadas pela biologia molecular têm sempre em vista uma abordagem global. A transcriptômica, por exemplo, analisa a forma como um genoma é traduzido em proteínas, graças a RNA mensageiros (ácido ribonucleico mensageiro); a proteômica investiga o conjunto de proteínas produzidas por um genoma; a metabolômica estuda o conjunto de metabólitos de uma célula. "A cada etapa, aumenta a complexidade: a ciência calcula que haja 21 mil genes humanos, mas em se tratando de proteínas, a conta chega a centenas de milhares", ressalta o biologista.

Identificar "alvos"

As ciências ômicas podem gerar uma grande massa de informações sobre a biologia da pele e do cabelo. A dificuldade, para a indústria, é conseguir extrair os elementos certos que levarão ao desenvolvimento e à comercialização de um produto adaptado aos anseios do consumidor.

"Queremos criar sistemas bioinformáticos capazes de captar as informações mais úteis dos Big Data para, entre outras coisas, analisar os diversos tipos e subtipos de pele existentes em várias regiões do mundo", explica Dominique Bernard. "Buscamos também descobrir o que costumamos chamar de ‘alvo’ - elemento a partir do qual possamos desenvolver novas moléculas capazes de agir de forma específica, originando novos produtos cosméticos", prossegue ele. Um bom exemplo desse processo são os novos princípios ativos eficazes no combate ao envelhecimento.

As tecnologias ômicas também permitirão determinar "sinais" característicos de certos tipos de envelhecimento, cronoenvelhecimento ou fotoenvelhecimento. A partir desses dados, poderemos selecionar substâncias ativas para tentar "compensar" esses sinais. "A pele tem uma particularidade fantástica, que é a facilidade de acesso", revela o biologista. "É possível obter um grande número de informações apenas na superfície, sem necessidade de procedimentos invasivos".

A pele e o universo ao seu redor

O suor é outra fonte preciosa de informações para a indústria de cosméticos. "Conhecendo a composição do suor, podemos oferecer produtos de maquiagem que permaneçam mais tempo na pele", indica Claudie Willemin, presidente da Société Française de Cosmétologie, organizadora do Congresso. "Um exemplo que ilustra bem as possibilidades que se abrem é o desenvolvimento de produtos que não deixem a pele brilhando, em especial para consumidores que vivem em países com elevada umidade do ar", acrescenta ela.

Os cientistas têm mostrado crescente interesse pelo microbioma, o universo de centenas de milhões de micro-organismos, como bactérias ou fungos, presentes na superfície da pele e com os quais as células humanas "dialogam" o tempo todo.

Brazil Beauty News (26/11/2014)

 

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