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Poderiam as nanopartículas da casca de ovo ser o próximo passo rumo aos bioplásticos?

Categoria: Novas Tecnologias


A demanda para os bioplásticos é crescente, como uma alternativa popular e eco-friendly para embalagens de cosméticos. As pesquisas recentes apontam para a casca do ovo como um novo material para essa finalidade.

Um grupo de cientistas da Universidade de Tuskegee, no Alabama, vem testando maneiras de melhorar as propriedades dos bioplásticos e acredita que nano-partículas de casca de ovo podem ser a arma secreta para melhorar esses materiais.

Os plásticos biodegradáveis ​​foram apresentados ao mercado pelas suas propriedades eco-friendly, mas, por vezes, não atingiram as expectativas em estética e funcionalidade, características onde os cientistas esperam obter êxito nesta pesquisa.

Usando um material descartado

Isso também tem relação com um subproduto que é descartado e não utilizado, apesar do material da casca do ovo ser natural e extremamente rico.

O grupo de pesquisa acabou de apresentar suas descobertas na 251ª Reunião Nacional e Exposição da American Chemical Society, que aconteceu em março.

“Estamos quebrando cascas de ovos em seus componentes mais minúsculos e, em seguida, infundindo-os em uma mistura especial de bioplásticos que desenvolvemos”, diz Vijaya K. Rangari, Ph.D, que está liderando o projeto.

“Essas partículas de casca de ovo de tamanho nanométrico agregam força ao material e tornam-no muito mais flexível do que outros bioplásticos no mercado. Nós acreditamos que essas características – juntamente com sua biodegradabilidade no solo – podem fazer deste bioplástico de casca de ovo uma alternativa muito atraente como material de embalagem.”

Adicionando força e flexibilidade

A maior deficiência dos plásticos regulares é que eles são quase inteiramente feitos de petróleo bruto ou de outros combustíveis fósseis não renováveis, que podem levar séculos para se degradarem depois de descartados.

A alternativa popular é o bioplástico, mas, uma vez que tais plásticos podem não apresentar força e flexibilidade suficientes, sua utilização em embalagens tem sido desafiadora pois, na área de cosméticos e cuidado pessoal, embalagens precisam prender, envolver, encapar e embalar produtos.

Rangari e sua equipe focaram, primeiramente, em polímeros plásticos para encontrar uma solução, e desenvolveram uma mistura de 70% de polibutirato adipato tereftalato (PBAT), um polímero de petróleo, e 30% de ácido polilático (APL), um polímero derivado de amido de milho. O PBAT pode se biodegradar em três meses.

Nesta fórmula, os cientistas adicionaram partículas de cascas de ovo quebradas em um tamanho mais que 350.000 vezes menor do que o diâmetro de um fio de cabelo humano, que foram infundidas na mistura 70/30 de PBAT e APL.

A equipe afirma que o plástico resultante é leve e altamente flexível, possibilitando aplicações em todos os tipos de bens de consumo.

Cosmetic Innovation, (05/04/2017)

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