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Para Natura, queda nas vendas reflete mercado brasileiro mais fraco

Categoria: Mercado Cosmético


O desempenho durante o primeiro trimestre da Natura refletiu a fraqueza do setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos no Brasil, segundo José Filippo, diretor financeiro e de relações com investidores, em teleconferência com analistas sobre os resultados financeiros nesta sexta-feira.

A queda de 1% nas vendas totais da Natura no Brasil, para R$ 1,157 bilhão, também foi ocasionada pela nova política de alinhamento de preços no canal on-line, ainda de acordo com o executivo.

A categoria de perfumaria foi a mais prejudicada pelo ritmo fraco das vendas no setor que abrange também higiene pessoal e cosméticos.

De acordo com João Paulo Ferreira, presidente da Natura, apesar do primeiro trimestre mais fraco, a companhia está conseguindo ganhar participação no mercado de vendas diretas. “Estamos acompanhando esses dados mês a mês”.

Ferreira comentou ainda que a maioria dos novos consultores de vendas que serão adicionados à base da empresa neste ano serão por meio da plataforma digital.

“Estamos nos preparando para uma fusão completa entre os modelos de consultores on-line e off-line. Lançamos as contas digitais em parceria com o Santander e outro fator importante para a unificação dos canais, assim como a estratégia de preços e promoções”, afirmou o executivo.

A Natura obteve um lucro líquido de R$ 13,5 milhões no primeiro trimestre deste ano, recuo de 44,6%. O resultado sofreu com um efeito negativo de R$ 28,5 milhões referente à adoção da norma contábil IFRS 16, que influenciou na maneira como o arrendamento é contabilizado. O efeito nas contas da empresa ocorreu com relação às lojas de Natura, The Body Shop e Aesop, assim como centros de distribuição e escritórios da Natura na América Latina.

Excluindo este efeito, fabricante de cosméticos registrou um lucro R$ 41,9 milhões, alta de 72,6%. A companhia atribuiu o desempenho ao maior lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) consolidado e a reversão de provisão fiscal para o ICMS, de R$ 34,5 milhões.

De janeiro a março, o Ebitda consolidado subiu 5,6%, para R$ 336,9 milhões, resultado que exclui os efeitos do IFRS 16, que eleva o lucro em R$ 112,2 milhões, para R$ 449 milhões. A receita consolidada líquida cresceu 8,5% nos primeiros três meses do ano, para R$ 2,9 bilhões. A receita líquida ajustada cresceu em 7,1%.

Produtividade das consultoras

A produtividade das consultoras da Natura aumentou 1,5% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2018. O ritmo representa uma desaceleração considerável em relação aos períodos anteriores.

No primeiro trimestre do ano passado houve incremento de 21,8% ante os três primeiros meses de 2017. No segundo trimestre de 2018 o avanço foi de 24,1% em base anual, no terceiro cresceu 17,3% e no quarto aumentou 18,4%.

O número de consultoras da marca de vendas diretas no país continuou recuando no período. Em março, a média ficou em 1 milhão de pessoas, queda de 2,1% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado.

No relatório de resultados, a companhia informou que a redução da base de consultoras, combinada à queda na receita, resultou em aumento de produtividade. “O índice de lealdade continuou alto”.

A Natura tem 500 mil revendedoras com lojas virtuais e dados de 5,5 milhões de consumidores na base. A empresa afirmou que o tíquete médio e o número de acessos cresceram. No varejo físico, as lojas próprias somaram 36 unidades e as franquias “Aqui Tem Natura” aceleram a expansão.

Conversas com a Avon

A Natura ainda não tem novidades sobre as conversas para aquisição da Avon Products, segundo Roberto Marques, presidente executivo do conselho de administração.

“Não temos nada de novo para relatar hoje e não poderemos falar sobre o assunto no momento”, disse o executivo. As empresas confirmaram em 22 de março que estão mantendo discussões a respeito de potencial transação envolvendo as empresas. Ontem, o presidente da Avon Products, Jan Zijderveld, limitou-se a comentar que não tinha atualização sobre as conversas.

Por outro lado, a empresa brasileira adquiriu participação em um veículo de investimento, Dynamo Beauty Ventures (DBV), disse Roberto Marques, presidente executivo do conselho de administração

O fundo irá trabalhar para identificar e investir em marcas emergentes nos segmentos de cosméticos e bem-estar, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. O DBV atuará em parceria com empreendedores na indústria para adquirir participações minoritárias em companhias com potencial de crescimento e modelos de negócio inovadores.

“Esta é uma iniciativa pequena, mas importante para buscar novas tecnologias e fomentar a inovação no grupo. É o primeiro veículo que se encaixa neste critério e provavelmente vamos fazer mais isso no futuro”, afirmou Marques a analistas.

Panorama Farmacêutico, (06/05/2019)

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