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Fundo compra Glambox e anuncia mudanças no clube de assinaturas

Categoria: Mercado Cosmético


As marcas de cosméticos Glambox e Men’s Market possuem um novo dono. Focado em arrumar as duas casas e conquistar espaço no mercado de beleza digital, o fundo Rising Ventures anunciou na semana passada que adquiriu o clube de assinaturas digitais de cosméticos femininos e o e-commerce de cosméticos masculinos em julho de 2017.

A estratégia de sinergia entre as marcas rendeu frutos. Há três meses com receitas e despesas equilibradas, o grupo criado a partir da união entre Glambox e Men’s Market acumulou um faturamento de 30 milhões em 2017.

Para 2018, o plano é acelerar o crescimento dos empreendimentos, com o lançamento de novos modelos de negócios e produtos de beleza. O faturamento projetado é de 40 milhões de reais.

Histórico
O fundador do Rising Ventures é o empreendedor Jan Riehle. O alemão chegou ao Brasil em 2011 e cofundou empreendimentos como o e-commerce eOtica, a empresa de marketing digital OndaLocal e o e-commerce de peças automotivas Itaro.

Duas dessas empresas tiveram seus exits (vendas dos negócios). A eOtica foi comprada em 2015 para a holding francesa Essilor, enquanto o Itaro foi adquirido pelo Grupo Cantu em em 2017. Deixando de ser CEO do e-commerce de peças automotivas, Riehle decidiu começar seu próprio search fund (“fundo de busca”).

Diferentemente de outros fundos de investimento em startups, um fundo de buscas não possui como estratégia diversificar os aportes. Ele procura uma empresa privada para adquirir, usando uma primeira rodada de capital feita durante a criação do fundo. Após a compra dessa empresa privada, cada investidor terá sua participação (e juros de dívida) correspondente no investimento.

O Rising Ventures procura companhias brasileiras privadas com um histórico de ao menos três anos de operações lucrativas, operando em um mercado crescente e sem um grande líder. O faturamento do empreendimento deve estar entre 30 e 100 milhões de reais.

Em troca, o Rising Ventures oferece liquidez imediata e gestão profissional do negócio por anos. O prazo de retorno do investimento – ou seja, uma nova venda da empresa privada adquirida – está entre quatro e dez anos.

Em julho de 2017, o fundo de busca fez suas primeiras compras. Abriu uma exceção e comprou não uma, mas duas empresas privadas – a Glambox e o Men’s Market. A aquisição só foi divulgada na semana passada. As duas marcas fazem agora parte de apenas um grupo, chamado B4A.

Reposicionamento de marcas
Riehle não divulga a situação financeira da Glambox e do Men’s Market na época da aquisição, mas afirma que “nenhum dos dois estava com bons números financeiro, o que não é incomum para o mercado de e-commerce”. “Poucas mudanças precisariam ser feitas para sair desse prejuízo, com novas operações fáceis de implementar e muitas sinergias entre os dois negócios”, defende.

O foco nos últimos seis meses foi mudar processos da Glambox e do Men’s Market. “No mercado de e-commerce, você precisa de investimento para crescer. A compra aconteceu em um momento difícil para as duas empresas, então fizemos uma reestruturação dos dois negócios.”

Enquanto a Glambox foca no serviço de clube de assinatura para suas 25 mil inscritas, o Men’s Market foca pela venda por meio de loja virtual, com cinco mil clientes ativos.

O principal trabalho de 2017 foi reavivar o contato com empresas. Enquanto a Glambox usa suas assinaturas como veículo para pesquisas de marketing da indústria da beleza, o Men’s Market vende acessórios e cosméticos para barbearias.

Ao mesmo tempo, o Rising Ventures olhou para a estrutura dos negócios e aproveitou a união dos centros logísticos, com foco em melhorar a entrega dos produtos. “A ideia é se beneficiar dos recursos que cada uma desenvolveu, melhorando a customização e a experiência com os serviços de beleza.”

Segundo Riehle, a operação do grupo B4A se paga há três meses. Em 2017, a união de Glambox e Men’s Market faturou 30 milhões de reais.

Em 2018, o foco é crescimento. Para isso, Glambox e Men’s Market terão novos serviços e produtos. Além de um novo modelo de assinatura, com detalhes ainda não divulgados, o negócio irá criar mais produtos de marcas próprias, tanto em beleza feminina quanto masculina. A expectativa é chegar a um faturamento de 40 milhões em 2018.

Para suportar o ritmo de lançamentos, B4A também procurará uma nova rodada de investimento. O plano é levantar entre quatro e cinco milhões de dólares com fundos de investimento ou family offices (grupos que gerem o patrimônio de famílias com grandes recursos).

“Acredito em um amplo potencial de crescer, especialmente porque a concorrência de beleza digital não está muito forte ainda”, afirma Riehle. “Assim que a crise ficar um pouco menos pesada – e estou otimista de que isso irá acontecer nos próximos três anos – podemos aproveitar um grande potencial em que outros grandes players não estão interessados.”

Exame, (06/02/2018)

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