Segundo Premium Beauty News, os pesquisadores do Instituto de Química de Nice e da Universidade Européia de Perfumes e Sabores (Université Européenne des Senteurs et des Saveurs - UESS), mostraram as propriedades de branqueamento da pele de Reseda luteola L. (comumente conhecida como erva daninha ou coxinho de tintas).

Depois de terem secado e coletado as folhas e sementes de Reseda luteola, os pesquisadores usaram vários métodos para isolar moléculas individuais para testar seu efeito sobre a inibição da tirosinase, o método mais comum usado para diminuir o nível de melanogênese.

Foi desenvolvido um procedimento de purificação com cromatografia de partição centrífuga, cromatografia líquida ultra-performance - Espectrometria de massa (UPLC-HRMS) e ressonância magnética nuclear (RMN) para isolar e identificar os agentes de clareamento (p. Ex., Luteolina e apigenina) das partes aéreas de Reseda luteola . O procedimento também permitiu a caracterização de luteolinas e acetilados de O-glicosídeos, cuja ocorrência é relatada pela primeira vez em Reseda luteola.

Os testes biológicos in vitro realizados possibilitaram ressaltar a promissora atividade de clareamento do extrato de Reseda luteolam e isolar as flavonas responsáveis por este mecanismo. Os dados coletados mostram que, além do seu uso tradicional como corante, a Reseda luteola é potencialmente de grande interesse no desenvolvimento de um ingrediente de clareamento natural em produtos cosméticos, cosmecêuticos e, eventualmente, produtos farmacêuticos, uma vez que sua segurança e resistência sejam avaliadas.

Necessidade de alternativas botânicas

Usado para tratar vários distúrbios da pigmentação da pele, ou simplesmente para obter um tom de pele mais leve, os agentes de clareamento da pele ocupam uma parte importante do mercado mundial de dermo-cosméticos hoje em dia. Esses agentes ativos podem atuar em vários níveis de melanogênese, no entanto, os inibidores de tirosinase são atualmente os mais usados.

Devido ao sucesso atual do mercado de beleza natural, a exploração de novas fontes botânicas de produtos de clareamento parece crucial hoje em dia, em particular devido ao fato de que ingredientes antigos de clareamento de pele - como hidroquinona, ácido retinóico, corticóides ou sais de mercúrio - são de preocupação de segurança uma vez que apresentam vários efeitos secundários graves, resultando na sua interdição ou utilização restrita no âmbito do Regulamento Europeu de Cosméticos 1223/2009 e vários outros regulamentos internacionais.

Global Cosmetic, (18/12/2017)