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Avon perde vendas no Brasil, mas volta ao lucro global em 2017

Categoria: Mercado Cosmético


Segundo a Valor Econômico, a fabricante de cosméticos americana Avon reportou lucro líquido de US$ 91,5 milhões no quarto trimestre de 2017, revertendo o prejuízo líquido de US$ 10,7 milhões observado em igual período do ano anterior.

Em 2017, o lucro atribuído aos controladores foi de US$ 22 milhões, ante prejuízo de US$ 107,6 milhões registrado um ano antes.

De outubro a dezembro, a receita líquida caiu 2% em moeda corrente, para US$ 1,568 bilhão, na comparação anual. No consolidado do ano, a segunda maior empresa de vendas diretas do mundo também registraram declínio de 2%, atingindo US$ 5,7 bilhões.

“Nossa principal linha continua sob pressão, enquanto continuamos a operar em condições macro e competitivas desafiadoras, particularmente em nossos maiores mercados. Nós entregamos melhora das margens operacionais no quarto trimestre, apoiado pelo benefício contínuo de nosso corte de despesas”, disse Jamie Wilson, diretor financeiro da Avon, em comunicado ao mercado.

Durante o trimestre, o número de revendedores ativos da marca recuou 2%, sendo que no ano o declínio foi ligeiramente maior, ficando em 3%. A margem operacional subiu 1,5 ponto percentual, para 8,3%, e a margem operacional ajustada ficou em 9,8%, alta de 2,5 pontos percentuais na comparação com o mesmo intervalo de 2016.

No documento, a administração da Avon destacou que a redução de custos atingiu US$ 250 milhões, excedendo a meta estabelecida para 2017, de US$ 230 milhões. Wilson destacou que essa economia será fundamental para fortalecer o caixa da empresa e aumentar a flexibilidade financeira para realizar os investimentos prioritários.

Jan Zijderveld, diretor-presidente empossado no último dia 5 de fevereiro, reafirmou que está “mergulhando profundamente” no negócio e analisando os principais mercados da companhia para melhorar o desempenho.

“Estou empenhado em acelerar o ritmo de mudança e no posicionamento da Avon para o sucesso”, afirmou Zijderveld, em comentário nas demonstrações financeiras. O executivodisse estar ciente da reviravolta que a Avon precisa e que seu principal objetivo será obter crescimento com qualidade e fazer a empresa retomar a posição de líder nos mercados em que atua.

Brasil
Principal mercado da multinacional americana de cosméticos, o Brasil continua pesando negativamente nos resultados da companhia. No quarto trimestre de 2017, a receita no país caiu 8%; considerando os valores em dólares, a queda chegou a 9%.

Segundo as demonstrações financeiras, o resultado mais fraco foi ocasionado pela queda do número de revendedores ativos e dos pedidos diários. No mercado sul-americano, a receita caiu 2% ou 1%, considerando os valores em dólares.

Assim como no território brasileiro, a América do Sul observou queda no número de consultores e dos pedidos. No entanto, o desempenho foi parcialmente compensado pelo crescimento na Argentina, graças à pressão inflacionária.

Um fator positivo destacado pela Avon no Brasil foi a queda na inadimplência, que teve efeito positivo nas margens operacional e de lucro.A melhora de margem obtida pela fabricante de cosméticos Avon na operação da América do Sul foi impulsionada pelo Brasil, afirmou Jamie Wilson.“Nossa margem na região subiu principalmente devido à redução da inadimplência no Brasil, que colaborou com 1,3 ponto percentual na margem ajustada da companhia”, disse o executivo.

Jamie Wilson destacou que a unidade brasileira têm sido essencial para que a companhia aprimore a plataforma de negócios digitais globalmente.Segundo ele, a Avon sabe da necessidade de modernizar sua marca, reduzir os custos e mudar o portfólio de produtos para ser competitiva. “A atividade de vendas diretas continuará sendo relevante no futuro”, afirmou.

A respeito dos principais mercados da companhia, como Brasil, Rússia e México, o diretor afirmou que a companhia continuará trabalhando forte para crescer nessas regiões.

Decisão favorável referente a tributos no país de US$ 10 milhões e subsídios fiscais em regiões como Europa, Médio Oriente e África ajudaram a companhia americana. A provisão para imposto de renda foi de US$ 1 milhão no ano passado ante US$ 53 milhões em 2016, refletindo a nova legislação nos Estados Unidos.

No geral, a fabricante de cosméticos observou crescimento na receita em dólares em nove dos 15 principais mercados.

Valor Econômico, (15/02/2018)

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